Quem são os aliados da causa LBGTQIAP+

Quem são os aliados e por que são importantes para a causa LGBT?

Em um país extremamente homofóbico como o Brasil, é cada vez mais importante para a comunidade LGBTQIAP+ receber apoio. Mas não é só o apoio jurídico e político, mas também de quem é próximo de você, um aliado. Mas, o que é um aliado? Qualquer pessoa fora da comunidade LGBT, que apoia as pautas da população LGBTQIAP+ e se posiciona ativamente pela igualdade de direitos e contra a homofobia, transfobia e bullying LGBTfóbico. Ou seja, pode ser seu pai, sua mãe, seus parentes, seu médico, etc. O importante é que estejam comprometidos em apoiar a comunidade.

Mas não basta apenas se dizer um aliado, é preciso empunhar a bandeira e ir à luta, mesmo que seja nas redes sociais, o que nesses tempos de pandemia é a frente de batalha mais ampla. O aliado precisa ser aberto para ouvir e aprender sobre a comunidade LGBT e suas demandas, sem julgamentos sobre as vidas das pessoas LGBT.

No Brasil, o coletivo Mães pela Diversidade é uma das organizações mais reconhecidas por seu trabalho como aliada da comunidade LGBTQIA+. A organização foi criada a partir da preocupação de mães de LGBTs do Brasil inteiro. Juntas, as mães lutam contra o avanço da homotransfobia e pelos direitos civis de seus filhos e de toda a população LGBTs.

A partir de encontros anuais entre mães, o coletivo nasceu inicialmente como um movimento político e durante a caminhada, se tornou também um espaço de acolhimento para famílias de LGBTs, que diariamente sofrem com seus direitos violados. O principal objetivo do Coletivo é o cuidado e o empoderamento das famílias LGBTs e uma das missões das Mães pela Diversidade é a de tirar essas famílias do armário, para que juntos se unam contra o bullyng, a opressão, a segregação e a discriminação.

Fora do Brasil, esses aliados são chamados de Straight Ally (aliado hétero), que é o grupo de pessoas heterossexuais e cisgêneros que apoiam o movimento LGBT+, lutando contra a homofobia, transfobia e assim por diante. Existem várias organizações LGBT que tem héteros entre seus membros.

Um bom exemplo é a PFLAG (Parents, Family and Friends of Lesbian and Gays – Pais, Famílias e Amigos de Lésbicas e Gays), uma das primeiras organizações de pessoas de fora da comunidade LGBT a levantarem a bandeira do arco-íris. Um dos maiores projetos é o “Straight for Equality” (Héteros pela Igualdade), que visa a educação e o encorajamento de pessoas que não pertencem à comunidade LGBT a se juntarem ao movimento pela igualdade.

PFLAG

Em abril de 1972, Jeanne Manford e seu marido Jules estavam em casa, no bairro do Queens, em Nova Iorque, quando receberam a notícia que seu filho Morty, ativista gay, havia sido espancado enquanto distribuía panfletos em um evento político.

Em 25 de junho, Jeanne participou, ao lado do filho, da Marcha do Orgulho de Nova Iorque, carregando um cartaz escrito à mão que dizia: “Parents of gays unite in support for our children” (Pais de gays unidos em apoio aos nossos filhos).

A manifestação de Jeanne foi muito bem recebida pelos participantes da marcha, segundo ela contou em uma entrevista de 1996. “Os jovens estavam me abraçando, me beijando, gritando, perguntando se eu conversaria com os pais… eles estavam com medo de rejeição por parte dos pais”, contou.

Foi a partir daí, ela, o marido e o filho tiveram a ideia de criar uma organização de pais de gays e lésbicas, que serviria como uma “ponte entre a comunidade gay e a comunidade heterossexual”. Surgia assim o PFLAG – Parents, Families and Friends of Lesbians and Gays (Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays). 

O primeiro encontro do grupo, à época chamado apenas de “Pais de Gays”, aconteceu em 11 de março de 1973 e reuniu cerca de 20 pessoas, mas as notícias sobre o grupo se espalharam e vários outros surgiram nos Estados Unidos, como local de refúgio para pais e filhos compartilharem sua experiência. Atualmente a PFLAG é uma das principais organizações de aliados, reconhecida mundialmente.

Jeanne Manford e seu filho Morty na Marcha do Orgulho de Nova Iorque em 1972

Gay Friendly

Aliados não precisam ser necessariamente pessoas físicas. Lugares e empresas têm papel de destaque na luta em prol da causa LGBT. A revista The Advocate, a mais antiga publicação dedicada à comunidade LGBTQIA+ dos Estados Unidos, publica periodicamente a relação das cidades mais simpatizantes LGBT nos Estados Unidos que inclui cidades como Minneapolis, Albuquerque, San Diego, Austin e várias outras com base na aprovação de leis de casamento igualitário, o número de casais do mesmo sexo, entre outros qualificadores.

Entre as cidades que são conhecidas em todo o mundo como sendo gay-friendly estão São Francisco, Seattle, Tel Aviv, Nova York, Sydney, Rio de Janeiro, Melbourne, Paris, Puerto Vallarta, Chicago, Brighton, Amsterdã, Buenos Aires, Montería, Londres, Copenhague, Berlim, entre outras.

Empresas

Há muitas empresas consideradas gay friendly ao redor do mundo com base de funcionários e clientes mais diversificada. A ONG Human Rights Campaign (HRC), entidade internacional engajada na luta pelos direitos LGBTs aponta o quanto uma empresa é considerada gay friendly. Obviamente não basta fazer campanhas com bandeiras do arco-íris ou escrever mensagens no mês do Orgulho, é preciso estar realmente engajada na luta pela igualdade. O reconhecimento vem caso a organização ofereça dignidade ao seu time, seja com políticas internas contra discriminação, planos de saúde a população trans e boas condições e ambiente de trabalho para os funcionários LGBT. 

Entre as empresas reconhecidas como gay friendly estão o Google, que conseguiu nota máxima no índice da HRC. Outras empresas como  o Facebook, Instagram, Twitter e Youtube, sempre foram referência nesses casos.

A lista não para por aí. A Avon é uma das empresas mais engajadas na causa LGBT, assim como a L’Oreal Paris, Natura e O Boticário. Outras organizações como Adidas, Converse, Ambev, Absolut, McDonald’s, Coca-Cola, possuem campanhas e linhas exclusivas para a comunidade LGBT. A  Apple, cujo CEO é assumidamente gay, e a Netflix, que possui inúmeras produções voltadas para o público, são empresas que não podem deixar de ser citadas como gay friendly.

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