Após uma série de polêmicas envolvendo Donald Trump e seu perfil conservador, a população dos Estados Unidos optou pela volta do Partido Democrata à Casa Branca, elegendo Joe Biden como presidente. A posse de Biden será no dia 20 de janeiro de 2021, mas, nesse período de transição, já começam as pressões para implementações de políticas públicas no mandato. Uma dessas pressões vem da Human Rights Campaign (HRC), considerada a maior entidade de defesa dos direitos da população LGBT norte-americana, a entidade publicou uma lista com 85 medidas que deseja ver implementadas pelo novo presidente.
A lista de medidas apresentada pela HPR contém propostas polêmicas como a proibição de repasse de recursos do Governo para entidades educacionais, ou caritativas que se recusem a atender a população LGBTQIAP+. Os principais pontos de discussão estão em torno de organizações de cunho religioso, que se recusam a atender casais homossexuais na adoção de crianças, bem como entidades educacionais que lecionam a partir de textos considerados sagrados, contra a ciência.
Outra reivindicação é que entidades de saúde mental que praticam a chamada “Cura Gay, ou terapia de conversão” também não recebam recursos governamentais. A HRC também sugere que o Governo Federal priorize a contratação de pessoas LGBTQIAP+.
Joe Biden e o Partido Democrata têm uma agenda mais progressista do que o antecessor Donald Trump e o Partido Republicano. Em campanha, o presidente eleito se comprometeu com algumas das reivindicações da comunidade não binária, como a liberação para que estudantes transgeneros usem sanitários e vestiários de acordo com seu gênero de identidade.
Embora muitas das propostas da HRC estejam alinhadas com ideias defendidas pelos democratas, o presidente eleito não se manifestou sobre a lista. O presidente da Human Rights Campaign, Alfonso David, por sua vez, fez menções positivas às nomeações de Biden para áreas como o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança da Casa Branca. No site da entidade também são encontradas alusões positivas às ações de Biden enquanto vice-presidente no mandato de Barack Obama (2009-2017).